Quando o céu muda de cor, Deixa pra trás o azul que antes cintilava... Anuncia sua nova veste marrom-dourado. Borboletas libertam-se de mim. De meu estômago antes prisioneiras, de um pensar, um embrulho, um calar... Buscam agora o vermelho da madrugada. Deixam pra trás o vai e vem do dia-a-dia. Se desfazem da correria que as adormecia, Suas negras asas se soltam, em uma abertura de tom fosco. Percorrem estradas pelo meu ser, Cruzando meu imaginário. Afastam-se da multidão, do eles, do elas, do nós, de todos. Me encontro em mim mesma e sou apenas eu. Ofuscam-me as luzes de suas asas, Que tilintam sob o arco-íris, Rodeando meu quintal entre a grama, Repousando em meu varal. |
21 de jan. de 2011
Do varal
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