5 de jul. de 2011

Cinza !

Tudo acinzenta, as folhas , os olhos.
Tudo se apaga, se esconde, enubla.
Tudo que ontem tinha cor, amarelou, acinzentou...
Perdeu a cor !
Não sei dizer se estou vivendo o inverno... boca rachada, vento que corta a cara; Ou se o inverno vive em mim, e me deixa murcha como a folha seca.
É esse cinza dos teus olhos, é este cinza que aflige.
Abro a janela: cinza
Penso nos meus passos, nos caminhos planejados.
Fumo um cigarro e me deito, sou aquilo que resta nos cinzeiros... Cinza!

2 comentários:

  1. Demais!!!! Mto bom!!!!
    É tão estranho sentir isso: "É esse cinza dos teus olhos, é este cinza que aflige."
    Parece que todos os "cinzas" se juntam e nos deixam perdidos...

    ResponderExcluir
  2. às vezes me sinto assim, como na sua poesia, completamente cinza. se possível leia meu texto "cinerário" postado na minha página no Recanto da Letras, creio que existe uma intertexualidade.
    http://www.recantodasletras.com.br/poesiassurrealistas/3343877

    saudações literárias...

    ZZ

    ResponderExcluir