10 de nov. de 2009

Você sabe...

Não sei, só penso, ou peço,
Pra que seja assim, assim como é, você sabe né?

Assim desse jeito, que não cessa, não cansa
Que busca, abusa até de forma brusca.
E nossos corpos, sal, suor
Exalam cheiros, desejos,
Ardor, calor, sabor.

São mãos, beijos e seios.
Não param, nem pausam esses nossos devaneios.
Madrugadas adentro, adentro nossos corpos, nós dois
Bailando em lençóis o êxtase  de nós.

Sinto como saída de mim,
Nossas línguas se encontrando, o universo se esvaindo
Que mais poderia pra que seja assim,assim como é ?

Não sei se penso ou peço, nunca há recesso, nem receio
Nossa vida dividida, dois, em um só.
Somos nó! Nosso balanço que vem e vai. Mais adentro, mais profundo.
Tão profundo quanto se possa estar.

Sem fôlegos ao fim, madrugada caindo ao fim,
A essência de nós. E nossas bocas a sorrir.

Desfaleço com as pernas e todas as visões que posso possuir,
Ver em min seu olhar, seu rosto calmo és ainda minha esfera preferida.
Que seja assim, assim como é. Você sabe né?!

29 de jun. de 2009

INTERSECÇÃO
Sou ponto de intersecção entre sonho e realidade (quando o delírio toma conta... onde o caos predomina... onde a imperfeição se revela ...)
“Do not write more for me “ eu lhe pedi...
Ignora meu pedido, me machuca com suas meias verdades!
Te conheço, sei quem és...
Me cansa pensar nesse filme, repetido, longo e hoje sem emoção.
Foi filme de ação, sucesso de bilheteria.
Sem lealdade és hoje, água-com-açucar; monotonia.
E foi “the end” pra nós todos, sem parte dois ou três.
“Do not write more for me”
Eu lhe peço...

28 de jun. de 2009

Ontem eu quase pude ouvir, o som da sua voz rouca me dizendo tudo aquilo que jamais poderei esquecer.
Demorei muito tempo mais voltei aquele lugar. sem mochilas , sem bagagens...
Era o mesmo cenário, calmo e de uma ventania fora do comum...
Eu vi suas pegadas no chão, ouvi seu sussurro e mergulhei nas recordaçoes.
Aquela musica brega tocando ao fundo, a nossa musica.
Embalada na melodia caminhei por aquelas ruas, cumprimentei uma meia dúzia de rostos.
Entrei nos velhos bares, pedi a mesma bebida,
Caminhei pelas calçadas assoviando as mesmas canções.
Passeei pelo bosque, passei meu dedos pelo coração fincado no tronco velho da laranjeira.
Voltei a dias passados, historias sem fim, ponto final de ninguém.
Então matei meu príncipe encantado, senti na boca aquele gosto amargo.
O mesmo gosto que sentia ao te beijar, amor gigante de pernas longas que podia correr o mudo sem sair do lugar.
Tirei meus sapatos, pisei na grama , abracei a velha arvore e aquele coração.
Foi como te abraçar, foi como dizer adeus enfim!
Fiquei ali, por um tempo que não posso calcular...
Passei em frente a sua casa, a mesma casa que foi minha por concessão.
Seu quarto já foi meu, era minha a vista daquela janela.
Parei em frente em seu portão e me senti vazia, não ouvi mais a sua voz,
Não havia gargalhadas noturnas, mais ainda havia flores.
De volta a rodoviária dei adeus as minhas lembranças,e ao seu sorriso de dentes pequenos.
enterrei meu príncipe junto com meu coração, abaixo de uma laranjeira.
E mesmo que esteja agora do outro lado do mundo, achei que gostaria de saber que sim,
Ainda há girassóis em seu jardim!

22 de mai. de 2009

E ele dizia do amargo de meu beijo, o melhor que se pode provar.
Afirmava o medo de meu sorriso, quando este se perdia...
 
Noites em claro, falando besteira, ou falando de amor.
Os olhos pequenos, azul profundo.
 
E eu descobri  num dia como outro qualquer, que cada ser é uma ilha.
Então nadei ...
 
Meus passos ciganos por fim entenderam... que o lustre de teu rosto
Era reflexo do meu.
 
De dentro da ogiva deste amor,
Como que por alquimia, eu explodi o paraíso.
 
Não chamei resgate , não acionei bombeiros...
Apenas admirei teus olhos, estupefatos num azul profundo
 
E eu sorri, meus olhos castanhos ainda hoje te fazem lembrar da guerra.
 
Eu que era pequena , morena, criança e cheia de esperança me diverti, ao te ver provar todo amargo de meu ser.
 
Ainda te ouvi dizer que estava forçando a barra ,nem quis saber.
 
Dinamitei o universo de nós, e o sol novamente nasceu em meu sorriso.
 
Você tinha razão é o fim do mundo cada dia da semana.
 
Meu olhar dança distante e te beijo amargamente,
 
Teu silêncio me cansa...

18 de mai. de 2009

devaneios

Meus pensamentos são algema e chave,
me prendem e libertam, me isolam e me agrupam...
essa ausência que se faz sentir; sonho real; loucura.
onírico...
Uma interrogação enorme, alternativas flutuantes.
Luxuria,falta,ausência...sons.
Adequado? A que ? por quem?
Hábitos,silêncios, controvérsias.
Um ou dois dedos de conversa, um almoço, um silencio quase ensurdecedor.
Nessa linha do tempo, diálogos , ditongos, palavras e frases; estrofes destruídas canção sem voz.
Assovio mudo, passos perdidos...
Quanto tempo esperou?
Por mim sem que eu nunca fosse ...
Sim, estava lá!
Não me viu?
Me perdi entre o avião, e a plataforma...
Minha mala ainda hoje esta girando no carrossel!
Que teria sido se eu chegasse ao meu destino?
Seria mesmo meu destino,seria ilusão?
Sonhos de uma noite de verão, veraneios, devaneios...
Teria hoje em meus dedos mais anéis?
Incógnitas me afligem,que foi de ti ? e que teria sido.
Meu veredicto cruel, a eterna interrogação:
Quanto tempo me esperaste?