28 de jun. de 2009

Ontem eu quase pude ouvir, o som da sua voz rouca me dizendo tudo aquilo que jamais poderei esquecer.
Demorei muito tempo mais voltei aquele lugar. sem mochilas , sem bagagens...
Era o mesmo cenário, calmo e de uma ventania fora do comum...
Eu vi suas pegadas no chão, ouvi seu sussurro e mergulhei nas recordaçoes.
Aquela musica brega tocando ao fundo, a nossa musica.
Embalada na melodia caminhei por aquelas ruas, cumprimentei uma meia dúzia de rostos.
Entrei nos velhos bares, pedi a mesma bebida,
Caminhei pelas calçadas assoviando as mesmas canções.
Passeei pelo bosque, passei meu dedos pelo coração fincado no tronco velho da laranjeira.
Voltei a dias passados, historias sem fim, ponto final de ninguém.
Então matei meu príncipe encantado, senti na boca aquele gosto amargo.
O mesmo gosto que sentia ao te beijar, amor gigante de pernas longas que podia correr o mudo sem sair do lugar.
Tirei meus sapatos, pisei na grama , abracei a velha arvore e aquele coração.
Foi como te abraçar, foi como dizer adeus enfim!
Fiquei ali, por um tempo que não posso calcular...
Passei em frente a sua casa, a mesma casa que foi minha por concessão.
Seu quarto já foi meu, era minha a vista daquela janela.
Parei em frente em seu portão e me senti vazia, não ouvi mais a sua voz,
Não havia gargalhadas noturnas, mais ainda havia flores.
De volta a rodoviária dei adeus as minhas lembranças,e ao seu sorriso de dentes pequenos.
enterrei meu príncipe junto com meu coração, abaixo de uma laranjeira.
E mesmo que esteja agora do outro lado do mundo, achei que gostaria de saber que sim,
Ainda há girassóis em seu jardim!

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